O melodrama é um gênero
teatral que começou a se desenvolver no século XVIII, influenciando as
artes dramáticas até os dias atuais. Sua especificidade é a utilização
de música e ação dramática (diálogos falados), porém se diferenciando da
ópera, por utilizar música incidental para expressar a carga emocional
das personagens e as situações em que se encontram imersas. Já no século
XIX, o melodrama se define como gênero teatral, por utilizar com
autonomia a prosa, numa linguagem popular, recheada de mistério,
sentimentalismo, suspense, e outras formas de sofrimento e alegria
próprias do cidadão comum, o proletariado.
É característica do melodrama intensificar as virtudes e
vícios das personagens, sejam elas vilãs ou heróis, enfatizando-lhe
artificialmente determinadas características, pois o objetivo maior
desta estética é impressionar e comover cada espectador, através da
“verossimilhança” (semelhança com a realidade), reafirmando a qualidade moral e sentimentalista da obra.
O francês René-Charles Guilbert de Pixerécourt (1773-1844) foi um dos
autores mais importantes de melodramas de sua época, escrevendo um
número aproximado de cem peças. É considerado o criador do Melodrama, em
1800 com sua obra Coeline, onde utilizou diversas máquinas, cenas de
combate e danças para construção de suas cenas, alternando elementos
estéticos da tragédia e da comédia. Outros grandes representantes desta
forma de teatro são: o inglês Thomas Holcroft (1745-1809), o alemão
August Friederich Von Kotzebue (1761-1819) e, nos Estados Unidos Dion
Boucicault (1822-1890).
O melodrama teve influência decisiva para o surgimento do Drama
Romântico, e no final do século XIX o surgimento do Folhetim. O período
do “Naturalismo” no teatro, veio negar a forma de interpretação
Melodramática, por ser considerada exagerada e antinatural, possuidora
de um efeito de apelo fácil e gratuito ao espectador.
Publicado originalmente em http://www.infoescola.com/teatro/melodrama/
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